Canal de aulas gratuitas compartilha conhecimentos sobre o software MATLAB


O engenheiro mecatrônico João Manoel Herrera Pinheiro, formado na Escola de Engenharia (EESC) da USP em São Carlos, cursando atualmente o mestrado e orientado pelo professor Marcelo Becker, do Departamento de Engenharia Mecânica no Laboratório de Robótica da EESC, criou um canal de aulas gratuitas quando ainda estava na graduação para compartilhar seu conhecimento sobre o software com quem precisasse.
O pesquisador considera que mesmo o conteúdo sendo muito específico, acaba sendo muito utilizado. “Tem muita demanda porque praticamente todos os alunos de engenharia, ciências exatas ou da área de física têm contato com cálculo numérico, com simulações de sistemas e eles vão passar pelo menos em alguma disciplina com o uso do MATLAB. Então, por isso que eu acredito que o meu canal teve um alto volume de visualizações”, avalia.
Outros usos
Pinheiro considera que mais do que o uso específico na academia, o MATLAB é de extrema importância em outras atividades do dia a dia, como em dispositivos eletrônicos, além de ser essencial em determinadas áreas do mercado de trabalho, como em uma indústria automotiva resolvendo questões de uma suspensão de veículo, por exemplo. Por isso, o conhecimento compartilhado no canal do YouTube tem como público-alvo estudantes, pesquisadores e outras pessoas interessadas em MATLAB para uso profissional, entre outros, o que já gerou cerca de 300 mil acessos, de acordo com o mestrando da USP.
Mesmo com o avanço da tecnologia a cada dia, o canal permanece atual e serve de base para os egressos e iniciantes do curso de Engenharia Mecatrônica. Como estudante de uma universidade pública, Pinheiro sabe da importância do seu papel em uma sociedade com tantas desigualdades. Em sua pesquisa atual, trabalha com inteligência artificial e já tem certo que vai dividir a pesquisa na finalização do mestrado, inclusive com a publicação de um livro. “Não precisa ter medo de começar. O mundo da programação, o mundo de aprender é algo que está cheio de novidades. É bem desafiador, mas a gente começa sempre fortalecendo nossa base, fortalecendo os conhecimentos básicos, uma teoria muito boa. É o que vai fazer a gente aprender novas coisas e conseguir desenvolver nossos projetos, nossas pesquisas”, finaliza.
Texto: Sandra Capomaccio | Jornal da USP